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10. Healing in the Pool of Bethesda
10. A cura no tanque de Betesda
A narrativa de João agora nos leva de volta a Jerusalém para outra festa, mas ele não nos diz que festa era essa. Enquanto lemos, lembre-se de que a intenção de João ao escrever seu relato é esta: “Mas estes foram escritos para que vocês creiam que Jesus é o Messias, o Filho de Deus. E para que, crendo, tenham vida por meio dele” (João 20.31). Portanto, com esse objetivo em mente, João agora dá a seus leitores mais evidências de que Jesus é o Messias. Mais de quinhentos anos antes, o profeta Isaías havia escrito que, quando Deus viesse para salvar Seu povo, haveria quatro categorias de cura que Ele realizaria. Aqui está o que Isaías escreveu:
Então os cegos verão, e os surdos ouvirão; os aleijados pularão e dançarão, e os mudos cantarão de alegria. Pois fontes brotarão no deserto, e rios correrão pelas terras secas. (Isaías 35:5-6)
Isaías profetizou que o Messias curaria os cegos, os surdos, os coxos e os mudos, então João nos apresenta aqui a cura que Jesus realizou em um paralítico indefeso. Mais tarde, ele escreverá sobre a cura do cego no tanque de Siloé (João 9). Hoje, nos concentraremos na história de um paralitico que, após ser curado por Jesus, pulava como um cervo.
O tanque de Betesda
Algum tempo depois, Jesus subiu a Jerusalém para uma festa dos judeus. Há em Jerusalém, perto da porta das Ovelhas, um tanque que, em aramaico, é chamado Betesda, tendo cinco entradas em volta. Ali costumava ficar grande número de pessoas doentes e inválidas: cegos, mancos e paralíticos. Eles esperavam um movimento nas águas. De vez em quando descia um anjo do Senhor e agitava as águas. O primeiro que entrasse no tanque, depois de agitadas as águas, era curado de qualquer doença que tivesse. 5Um dos que estavam ali era paralítico fazia trinta e oito anos. Quando o viu deitado e soube que ele vivia naquele estado durante tanto tempo, Jesus lhe perguntou: “Você quer ser curado?” Disse o paralítico: “Senhor, não tenho ninguém que me ajude a entrar no tanque quando a água é agitada. Enquanto estou tentando entrar, outro chega antes de mim”. Então Jesus lhe disse: “Levante-se! Pegue a sua maca e ande”. Imediatamente o homem ficou curado, pegou a maca e começou a andar (João 5:1-9).
A cena neste capítulo se passa em um tanque de água perto do Portão das Ovelhas, geralmente aceito como localizado no lado norte da cidade de Jerusalém, fora dos muros da cidade. Jesus estava em Jerusalém para uma festa dos judeus (versículo 1). O tanque era chamado de Betesda, que significa Casa de Misericórdia. Ainda hoje há evidências de cinco colunatas cobertas do tanque de Betesda (v. 2), mencionadas por João.
João descreveu uma cena de miséria total, ou seja, um grande número de pessoas desesperadas, esperando ser curadas. Quantas pessoas constituem um grande número? Mais de cem? O que você acha? Quando tento imaginar a cena, idealizo todos eles bem próximos da beira da água, apertados e amontoados, esperando ansiosamente por qualquer movimento da água. O versículo quatro diz: “De vez em quando descia um anjo do Senhor e agitava as águas. O primeiro que entrasse no tanque, depois de agitadas as águas, era curado de qualquer doença que tivesse” (João 5:4). Alguns dizem que as curas foram apenas uma fábula, que não aconteceram realmente. Esse banho no tanque permanece um mistério até hoje. Será que havia propriedades curativas naturais naquela água? Seja qual for o motivo desta reunião, sabemos que Deus realmente ouve o clamor dos quebrantados de coração. Na minha opinião, é inteiramente possível que a misericórdia de Deus o moveu a curar aqueles que estavam reunidos lá, antes da vinda do Messias.
Quando Jesus perguntou àquele homem se ele queria ser curado, ele respondeu que a cura dependia de quão rápido uma pessoa poderia entrar na água depois que ondas aparecessem na superfície (v. 7). Na realidade, a razão pela qual aquelas pessoas eram curadas era a fé que tinham de que Deus os curaria daquela maneira. Deus responde a oração desesperada e cheia de fé.
No entanto, parece que, depois que a água foi agitada, se apenas o primeiro a entrar na água fosse curado, alguns teriam ficado em séria desvantagem. Se tudo dependesse de quão rápido uma pessoa poderia entrar na água, quanto mais perto a pessoa estivesse da borda da piscina quando as ondas ocorressem, melhor sua chance de ser curada. Não sabemos com que frequência essa ondulação da água acontecia, mas a atenção deles estava em observar a água e mergulhar rapidamente quando a água se agitava ou ondulava.
Há três categorias de enfermos mencionados que jaziam ali: os cegos, os coxos e os paralíticos (v.3). Os cegos não podiam ver a água se mexendo. Isso seria uma desvantagem para eles saberem quando entrar em ação, especialmente se estivessem apenas esperando por uma ondulação. Outros pulariam antes deles. O coxo e o paralítico podiam ver o que estava acontecendo, mas precisavam de ajuda para entrar no tanque. Quão frustrante teria sido ter pessoas pulando sobre eles para entrar nas águas curativas! Quanto mais tempo uma pessoa ficava lá, mais perto ficava da borda do tanque e mais perto de sua cura.
Podemos imaginar quanto tempo alguns deles permaneceram ali, esperando pela oportunidade de serem curados. Como se alimentavam ou cuidavam de suas necessidades físicas? Certamente, eles não iriam desistir de ficarem ao lado do tanque. Talvez, alguns deles até tinham amigos e familiares para ajudá-los, trazendo mantimentos ou higienizá-los. Também podemos imaginar que era sujo e fedorento. Certamente teria sido um lugar de grande desespero com tantas pessoas com necessidades extremas que as trouxeram àquele lugar. Também podemos supor que muitas mortes ocorreram naquela piscina enquanto as pessoas esperavam, assim como a amargura e luta caso alguns fossem empurrados para fora do caminho antes de outros que eram mais fortes.
Em meio à tristeza daquela multidão, vemos Jesus visitando esta massa de humanidade desesperada. João nos diz que o inválido estava nessa condição há trinta e oito anos (v. 5). Não importava quanto tempo ele estava lá ou quão perto da beira da água ele pudesse chegar, ele não tinha ninguém para ajudá-lo a entrar na água antes dos outros.
Pergunta 1) O paralítico estava naquela condição por muito tempo. Como você acha que estava o estado emocional dele depois de 38 anos doente? Aonde você vai quando está emocionalmente sofrendo?
Eu me pergunto sobre o estado emocional daquele homem. Trinta e oito anos é muito tempo. Quanto tempo ele passou perto daquele tanque? Será que ele fazia peregrinações regulares entre aquele tanque e sua casa? Em sua curta conversa com Jesus, ele afirma que não tinha ninguém para ajudá-lo a entrar na piscina. Quanta esperança ele tinha quando conheceu Jesus? Ele clamou a Deus em meio à sua angústia? Em que ele colocou sua confiança? Seu foco e esperança parecem estar na misericórdia de Deus enviar um anjo de vez em quando, esperando que um dia ele seria o curado. Uma coisa nós sabemos: o Pai viu aquele homem e enviou Jesus para curá-lo. Dessa forma, ele finalmente experimentou a misericordiosa cura de Deus. Deus cuida daqueles que não tem ninguém quem os cuide. Não somos informados de que o Senhor curou outras pessoas que estavam à beira do tanque naquele dia; o paralítico parece ser o único. O apóstolo João nos diz:
Quando o viu deitado e soube que ele vivia naquele estado durante tanto tempo, Jesus lhe perguntou: “Você quer ser curado? ” (v.6).
Você é conhecido por Deus
A imagem que obtemos é a atenção de Jesus focada neste homem entre todos os outros. Cristo soube que o homem estava ali há muito tempo. Não sabemos se esse conhecimento veio de outras pessoas ao redor da piscina ou de uma revelação divina do Pai, que Jesus frequentemente tinha. Ele pode ter perguntado ao homem há quanto tempo ele estava ali. Tudo o que sabemos é que o Pai deu a Jesus esse conhecimento sobre o homem, e Ele sabia que agora era a hora desse homem receber sua cura. Jesus sempre fez o que sentiu e “viu” o Pai fazer (João 5:19). Este foi um momento que chamamos de encontro divino. Jesus não o curou sem primeiro falar com ele e fazer-lhe uma pergunta. Nesses versículos, vemos um belo exemplo de como Jesus andou no Espírito ao fazer o que sabia ser a vontade de Seu Pai.
Várias vezes nos Evangelhos, vemos que Jesus nem sempre parecia ter conhecimento completo de cada situação, ou seja, havia momentos em que Ele fazia perguntas para descobrir informações sobre a condição de uma pessoa. Por exemplo, quando Ele veio de barco pelo Mar da Galileia até a região dos Gerasenos, um homem demonizado correu em sua direção. Lemos que Jesus perguntou ao homem seu nome. O demônio falou através do homem, dizendo; “Meu nome é Legião”(Marcos 5:9). Em outro momento, quando Jesus desceu do Monte da Transfiguração, um homem cujo filho estava demonizado o confrontou. Jesus perguntou a ele, “Há quanto tempo ele está assim?” (Marcos 9:21).
Quando Seus discípulos lhe perguntaram sobre Seu retorno à terra e o sinal de Sua vinda, Ele lhes disse que “Quanto ao dia e à hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão somente o Pai” (Mateus 24:36). Eu acredito que, uma vez que Jesus está agora sentado à direita do Pai, Ele sabe a hora em que Ele virá, mas enquanto estava na terra, Cristo não sabia. Ele era cem por cento Deus, mas também cem por cento homem e limitado ao tempo e espaço por Seu pai. Jesus teve que experimentar o que era ser verdadeiramente humano e modelo para Seus discípulos de como ser guiado pelo Espírito. Jesus teve que aprender coisas enquanto estava crescendo, e Ele não tinha todo o conhecimento dado a Ele em todas as coisas. Durante Seu tempo na terra, Jesus deixou de lado muitos dos aspectos de Sua natureza como Deus. Paulo nos diz em sua carta à igreja em Filipos que:
Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até a morte, e morte de cruz! (Filipenses 2:5-8 ênfase minha).
Esta passagem nos diz que Jesus se fez nada na encarnação. A palavra grega, kenoō, significa “esvaziar, ficar sem conteúdo, rebaixar, neutralizar, tornar-se ineficaz e esvaziar algo de seu poder. A ação resulta na perda da capacidade de algo cumprir seu propósito. ” Enquanto Jesus andava na terra, Ele dependia da direção e capacitação do Espírito, assim como você e eu temos que fazer. Um pouco mais adiante no Evangelho de João, Jesus disse: “Eu digo verdadeiramente que o Filho não pode fazer nada de si mesmo; só pode fazer o que vê o Pai fazer, porque o que o Pai faz o Filho também faz” (João 5:19). O Senhor olhou para todos aqueles que estavam ali, e o Pai focou Sua atenção no único homem inválido, dando-Lhe revelação sobrenatural de que o Pai o tinha visto, sabia tudo sobre ele e queria curá-lo. Depois que o Pai mostrou a Cristo o que Ele queria fazer, Jesus fez a pergunta:
“Você quer ser curado?”
Pergunta 2) Por que você acha que Jesus perguntou se ele queria ser curado? Não era por isso que ele estava ali?
Talvez, a questão foi colocada a ele para impressionar o homem sobre sua total indefesa condição. Antes de Jesus intervir, Ele faz o homem refletir sobre sua condição – sua falta de habilidade para sair daquela situação. Além disso, ele deveria considerar que muitas mudanças aconteceriam como resultado de sua cura. Sua cura mudaria quase todos os aspectos de sua vida. Ele realmente teria um novo começo de vida. Não mais as pessoas estenderiam caridade a ele. A responsabilidade recairia sobre ele de encontrar trabalho e ser novamente uma parte regular da sociedade se ele respondesse afirmativamente e fosse curado. Essa pergunta atinge o coração de muitos de nós, ou seja, queremos ser curados? Queremos ser mudados? Queremos que o poder de Deus opere em nossas vidas?
O essencial para receber o poder de Deus para curar ou mudar sua vida é o desejo intenso por isso. Jesus disse a mesma pergunta ao cego Bartimeu. Quando Bartimeu soube que Jesus estava passando por perto, ele gritou ao Senhor, “Jesus, Filho de Davi, tenha misericórdia de mim! ” (Marcos 10:47), e ele cambaleou em direção a Jesus em sua cegueira. Quando Jesus chamou Bartimeu à Sua presença, antes que Cristo o curasse, o Senhor lhe perguntou: “O que você quer que eu faça? ” (Marcos 10:51). As coisas de Deus vêm a nós mais facilmente se expressarmos nosso desejo a Cristo. Ele nos ouve em nossa dor quando clamamos a Ele por Sua ajuda. Os filhos de Israel não foram libertados dos cruéis senhores de escravos do Egito até que clamaram a Ele:
Disse o Senhor: “De fato tenho visto a opressão sobre o meu povo no Egito, tenho escutado o seu clamor, por causa dos seus feitores, e sei quanto eles estão sofrendo. Por isso desci para livrá-los das mãos dos egípcios (Êxodo 3:7-8).
Nunca desista de clamar a Ele em qualquer dor que esteja sentindo. Ele vê e ouve e está preocupado com o seu sofrimento. Não se contente em sofrer sem clamar a Deus por cura. Se estivermos inteiramente conformados com o jeito em que estamos, evitamos que a mudança venha em nossa direção. Contentamento sem Deus é uma das coisas mais perigosas do planeta Terra. Isso pode arruinar a alma de uma pessoa. Deus tem um jeito de usar situações em nossas vidas para voltar nossa atenção para Ele. Às vezes, até mesmo a doença pode ser um presente de Deus quando desperta uma pessoa do sono espiritual, tornando-a consciente de sua necessidade de Cristo. O Senhor pode transformar seu sofrimento a seu favor. A diferença estará em como você reage à sua dor e se você escolhe estender a mão a Cristo. Quanto desejo você tem para ser curado ou mudado? Nossa vida de oração, ou a falta dela, geralmente mostra se desejamos ou não conhecer Seu poder em nossa vida. Não entendo por que uma pessoa é curada de sua doença e outras saem sem receber a cura. Só encontraremos as respostas para esse tipo de pergunta do outro lado dessa jornada pela vida. Em qualquer situação em que você esteja, ore e continue orando. Ele vê sua dor e está preocupado com seu sofrimento.
Visões limitadas sobre cura
O homem respondeu à pergunta de Jesus focando no fato de que ele precisava de alguém para ficar com ele e ajudá-lo a entrar na água quando ela fosse agitada. Às vezes, podemos limitar Deus pensando que a cura dEle só virá de uma determinada maneira. O Senhor pode escolher curar por meios que entendemos, por exemplo, por médicos e remédios naturais que as pessoas descobriram. No entanto, Deus também cura por meios sobrenaturais. Há quem pense que só um hospital ou médico pode ajudá-lo, e nunca pensa em pedir a ajuda do Senhor Jesus perseverando na oração.
Nós nos limitamos a receber o que precisamos porque estamos focados em apenas uma maneira específica de isso acontecer. Não estou defendendo que as pessoas evitem atendimento médico quando necessário, apenas que também é essencial estar aberto para o fato de que Deus continua a operar curas hoje, e o Senhor pode escolher curá-lo se você se aproximar dEle com uma oração de fé pela sua cura. Mesmo que você vá ao médico por causa de um problema de saúde, espero que também esteja pedindo a Deus sua cura da maneira em que Ele deseja derramar.
Esse homem tinha o Senhor Jesus de pé diante dele e estava pedindo ajuda de alguém para entrar na água! Eu me pergunto quantas vezes Jesus já passou por nós e nós não sabemos disso! Este homem ainda estava procurando por um anjo para mexer a água quando o Senhor Jesus, Deus encarnado, estava lá para ministrar a ele pessoalmente!
O homem estava inválido há trinta e oito anos, mas Cristo disse a ele para fazer algo que era impossível para ele: “Pegue a sua maca e ande” (v.11). Uma coisa é certa: o homem recebeu a cura à parte de sua fé e compreensão de Cristo. O inválido não sabia quem era que estava falando com ele; ele simplesmente obedeceu. Ele estava ali há tanto tempo que sua fé era como uma pequena chama que quase se apagou. O tanque havia se tornado um estilo de vida para ele. Quando ele agiu de acordo com as palavras de Jesus, ele recebeu poder e a cura fluiu por seus membros. Quando Jesus entrou em sua vida, foi um ato soberano de graça e misericórdia em resposta à pequena centelha de esperança deste homem.
Cristo deu ao homem uma instrução direta, ou seja, para pegar sua esteira e andar. Não sabemos o que se passou na mente daquele homem, mas ele estava desesperado e disposto a obedecer até mesmo ao comando impossível que Jesus lhe havia dado. Ele não fez nada além de responder obedientemente à graciosa palavra do Senhor Jesus. Em uma ordem, Jesus redirecionou sua visão de mundo sobre a cura. Isso nos mostra que não podemos colocar Deus em uma caixa sobre como Ele pode curar. O Senhor frequentemente nos surpreende curando de maneiras incomuns. Cristo não precisa que entendamos Seus caminhos para receber Sua misericórdia e cura, mas precisa de nossa obediência quando fala. Ele disse ao homem para fazer o impossível, ou seja, se levantar e andar!
Às vezes, Jesus curava com uma palavra de comando. Por exemplo, para o homem com a mão atrofiada, Ele disse: “Estenda a mão” (Mateus 12:13), e quando a mão foi estendida, foi curada. Em outras ocasiões, Jesus curou de maneiras que eram estranhas para a maioria das pessoas, como na vez em que Cristo cuspiu no chão, fez lama com a saliva, colocou-a nas pálpebras de uma pessoa e ele foi curado instantaneamente (João 9: 6). Para outro, Ele colocou Seus dedos nos ouvidos de um homem para sua cura (Marcos 7:33). Outra vez, Ele apenas falou a palavra, e o filho de um homem foi curado a dezoito milhas de distância (João 4:50). Limitamos a Deus dizendo a Ele como queremos ser curados, em vez de abrir nosso coração e mente a Ele e dizer: "Tua vontade, Teu jeito, Senhor." Ele pode trabalhar em uma pessoa que simplesmente lhe obedece quando Ele fala! Este homem não foi curado por causa de sua virtude, mas porque ele seguiu a simples ordem que lhe foi dada.
Motivação do Ministério de Cristo
Jesus não fez milagres e curas por qualquer motivo que não seja para aliviar a dor de pessoas feridas e para glorificar o Pai. Tudo o que Ele fez foi em obediência à vontade de Seu pai. Ele não chamou atenção para Si mesmo; Jesus curou o homem para livrá-lo de sua situação. O Senhor não exigiu fé em Sua identidade como Filho de Deus, pois Ele não lhe disse quem Ele é. Ele fazia milagres e curas para que somente Seu Pai fosse glorificado. Cristo não procurou chamar a atenção para Si mesmo por motivos egoístas. Mateus percebeu essa atitude de Jesus quando descreveu o ministério de dEle desta forma:
Muitos o seguiram, e ele curou todos os doentes que havia entre eles, advertindo-os que não dissessem quem ele era. Isso aconteceu para se cumprir o que fora dito por meio do profeta Isaías: “Eis o meu servo, a quem escolhi, o meu amado, em quem tenho prazer. Porei sobre ele o meu Espírito, e ele anunciará justiça às nações. Não discutirá nem gritará; ninguém ouvirá sua voz nas ruas. Não quebrará o caniço rachado, não apagará o pavio fumegante (Mateus 12:15-20 Ênfase minha).
Mateus lembrou-se de Cristo pedindo aos curados que não contassem aos outros quem Ele era (v. 16) para que pudesse continuar Sua obra de cura sem alarde. A paixão do Senhor é que Seu Pai seja glorificado por curar os enfermos. Citando o profeta Isaías, Mateus descreveu o caráter interior de Jesus como alguém que não brigava nem clamava (v. 19). Ele não era argumentativo; nem obrigou as pessoas a ouvi-lo. Ele não gritava muito na rua nem chamava atenção para si mesmo. O termo descritivo usado é o de um homem endireitando um caniço machucado ou danificado, dobrado pelo vento. A imagem dada é de uma vela não mais acesa, mas com um pavio vermelho e fumegante perto de ser apagado.
O Senhor é enviado para inflamar aqueles que precisam de luz em meio às trevas, aqueles que estão no fim de sua corda e não têm esperança em sua vida danificada. Ele virá ao nosso lado e soprará em nossas vidas e nos dará motivos para ter esperança novamente. Isso não deveria fazer com que nós, a Igreja, nos comportemos da mesma maneira? Devemos seguir o exemplo de João Batista e sair do caminho e dar glória a Deus por tudo o que Ele faz. Seremos mais como Cristo quando não chamarmos a atenção para nós mesmos, mas buscarmos glorificar a Deus. Jesus disse-lhe: "Levante-se! Pegue a sua maca e ande" (v. 8).
A perseguição de cristo
Imediatamente o homem ficou curado, pegou a maca e começou a andar. Isso aconteceu num sábado, e, por essa razão, os judeus disseram ao homem que havia sido curado: “Hoje é sábado, não é permitido a você carregar a maca”. Mas ele respondeu: “O homem que me curou me disse: ‘Pegue a sua maca e ande’ ”. Então lhe perguntaram: “Quem é esse homem que mandou você pegar a maca e andar?” O homem que fora curado não tinha ideia de quem era ele, pois Jesus havia desaparecido no meio da multidão. Mais tarde Jesus o encontrou no templo e lhe disse: “Olhe, você está curado. Não volte a pecar, para que algo pior não aconteça a você”. O homem foi contar aos judeus que fora Jesus quem o tinha curado. Então os judeus passaram a perseguir Jesus, porque ele estava fazendo essas coisas no sábado. (João 5:9-16).
O homem foi instantaneamente curado. Não há nenhuma evidência de que mãos foram impostas sobre ele ou que Jesus tenha estendido a mão para o homem agarrar e se levantar. Nada! A cura aconteceu por meio de palavras faladas! Imagine a cena. Uma palavra de comando e pronto! A Escritura diz, “Imediatamente o homem ficou curado, pegou a maca e começou a andar” (v.9).
Pergunta 3) O que podemos aprender com fato de que o homem curado não sabia que foi Jesus quem o havia curado? (v. 13). Em sua opinião, qual foi a reação das pessoas ao redor do tanque quando souberam que o homem havia sido curado?
Podemos imaginar que a cura causou uma grande comoção entre os que estavam no tanque. João não descreve a cena, mas tente imaginar como foi naquele dia. Você não acha que eles ficaram chocados quando viram esse homem instantaneamente curado e capaz de andar novamente? Ele deve ter feito uma grande comoção quando percebeu que podia andar. Imagino que ele tenha ficado extremamente feliz quando pegou sua maca e se levantou pela primeira vez em trinta e oito anos! Você pode imaginar o que a multidão pensou quando percebeu que ele estava curado, sem precisar entrar o tanque? Tenho certeza de que todos queriam saber como isso havia acontecido.
Infelizmente, o homem curado logo foi flagrado pela “polícia religiosa”, os judeus religiosos legalistas. Isso nos lembra que muitas vezes podemos receber críticas quando acreditamos e confiamos nas palavras de Jesus. O Senhor estava ciente de que Sua ação atrairia a atenção e críticas dos governantes religiosos, mas Ele estava obstinado em obedecer à voz de Seu Pai, mesmo que isso significasse confronto com os fariseus. Ao fazer isso, Ele expôs a hipocrisia deles e demonstrou o coração puro do Pai para aqueles que estavam enfermos. Quando a polícia religiosa descobriu que ele não foi curado pelo um anjo que descia ao tanque, mas por um homem e que o homem curado não fazia ideia de quem o havia curado (v. 13), eles ficaram chateados.
Esses homens religiosos não louvaram a Deus quando ouviram sobre a cura do paralítico. Não houve nenhum sentimento de admiração pela misericórdia e poder de Deus, apenas críticas de que este homem curado estava fazendo algo que eles não tinham permitido, ou seja, carregar sua maca no sábado. Para os judeus legalistas, carregar algo no sábado era uma violação de um dos Dez Mandamentos, ou seja, o de trabalhar no sétimo dia. Em seu entendimento distorcido da lei, os judeus religiosos achavam que aquele homem estava quebrando a lei do sábado ao carregar seu saco de dormir, e que Jesus também estava quebrando a lei ao curar uma pessoa no sábado.
Como podemos ficar cegos quando temos uma mentalidade religiosa! Eles estavam perdendo o ponto principal! O sábado foi feito para o homem, não o homem para o sábado (Marcos 2:27). Eles não perceberam o terno ato de misericórdia que Deus concedeu ao curá-lo. Quando o homem respondeu que não sabia quem era que o curou, nenhuma das outras pessoas que estavam lá sabiam quem era que o havia curado; caso contrário, eles teriam contado ao homem. A Escritura nos diz que Jesus foi para a multidão. Cristo tinha estado lá incógnito ”, e assim que o homem foi curado, o Senhor partiu (v. 13). Isso diz muito sobre o caráter de Cristo.
Esta passagem da Escritura também nos revela que é essencial para nosso Senhor ir atrás daqueles que foram tocados pelo Seu amor. Jesus encontrou o homem curado no templo (v. 14). Ele foi procurá-lo como um bom pastor procura suas ovelhas. João nos diz que Jesus o encontrou para dar-lhe algumas instruções de acompanhamento sobre sua cura.
Mais tarde Jesus o encontrou no templo e lhe disse: “Olhe, você está curado. Não volte a pecar, para que algo pior não aconteça a você” (João 4:14).
Pergunta 4) Por que Jesus falou com ele sobre o pecado? Você acha que, em todos os casos, a doença é o resultado do pecado?
Está claro nas Escrituras que a doença nem sempre é o resultado do pecado de uma pessoa. Mais tarde, no Evangelho de João, os discípulos foram confrontados com um homem que havia nascido cego. Eles perguntaram a Jesus a causa de sua cegueira, Seus discípulos lhe perguntaram: “Mestre, quem pecou: este homem ou seus pais, para que ele nascesse cego? ” Disse Jesus: “Nem ele nem seus pais pecaram, mas isto aconteceu para que a obra de Deus se manifestasse na vida dele” (João 9:2-3). A doença nem sempre é resultado do pecado. No entanto, parece evidente que no caso daquele homem, sua deficiência foi causada pelo pecado e que ele não deveria voltar ao seu hábito de pecar para que algo pior não acontecesse com ele. O Senhor se preocupa conosco e quer que evitemos as armadilhas do inimigo e que permanecemos livres do pecado.
Quando foi a última vez que você teve feridas em sua vida? O que aconteceu? Como Cristo veio ao seu lado? Você ainda está naquele lugar de ser ferido? Você está pronto para buscar a cura de Cristo, mesmo que isso signifique que sua vida será diferente?
(Dê algum tempo para as pessoas compartilharem suas necessidades e encerre este estudo bíblico com um momento de oração.)
Oração: Obrigado, Pai, por enviar Jesus às trevas e à dor de nossas vidas. Pedimos-Lhe que venha novamente hoje e cure aqueles dentre nós que foram feridos. Acenda a nossa chama novamente e nos dê uma vida nova. Amém!
Keith Thomas
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